Atribuição de género gramatical por aprendentes de PLNM em palavras sufixadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.2022n63.540

Palavras-chave:

Género gramatical, Aquisição lexical, Sufixação, Derivação, Português como língua não materna

Resumo

Neste estudo, pretende-se indagar em que medida a atribuição de género gramatical em nomes sufixados, por aprendentes de Português europeu como Língua não Materna (PLNM), varia em função do sufixo e, mais especificamente, da classe formal deste e da marca de género associada. A base empírica deste estudo foi extraída de um inquérito, no qual se solicitava a aprendentes tardios, falantes nativos de chinês, a frequentar turmas de diferentes níveis de aprendizagem (de B1 a C1), que explicitassem o valor de género nominal de nomes sufixados em -ção, -s[z]ão, -ão, -agem, -idade e -ice. Registaram-se padrões idênticos em todos os níveis de aprendizagem, mas há uma incidência assinalável de desvios em formas sufixadas em -ão e -ice. Estes resultados mostram que a atribuição de um valor de género ao nome depende do grau de representatividade e de opacidade do sufixo no input e do respetivo valor de género associado.

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Biografia do Autor

Graça Rio-Torto, Universidade de Coimbra

Professora catedrática (apos.) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, doutorada em Linguística pela mesma instituição, onde sempre exerceu a sua atividade docente e de pesquisa, estando vinculada a diversos programas de Graduação e de Pós-graduação. É membro do Celga- Iltec, centro de pesquisa em Linguística sediado na FLUC, onde coordena um grupo de I&D sobre léxico e formação de palavras em português. Participa como membro ou como coordenadora em diversos projetos internacionais. Tem vários livros publicados, com destaque para a Gramática Derivacional do Português (Coimbra, IUC, 2016) e para Prefixação na língua portuguesa contemporânea (São Paulo, Cortez, 2019). É autora de numerosos artigos publicados em revistas e em livros, orientou várias dezenas de mestrados, de doutoramentos e de pós-doutoramentos, e atua como membro da comissão científica e/ou editorial de várias revistas de circulação internacional. A sua investigação atual privilegia o léxico, a morfologia e a semântica da formação de palavras, em Portugal e no Brasil, bem como a morfossintaxe da língua portuguesa como língua não materna.

Tânia Ferreira, Universidade de Coimbra

Investigadora doutorada, membro integrado e membro do Conselho Científico do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada (CELGA-ILTEC) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). É doutorada em Linguística do Português: Investigação e Ensino pela Universidade de Coimbra com a tese Aquisição/aprendizagem do sistema de atribuição de género nominal em PLNM. Tem especial interesse pela investigação na área da Linguística Aplicada ao Ensino do português como língua não materna, colaborando em Projetos de investigação desenvolvidos na linha temática Português em Contacto do CELGA-ILTEC. Últimos trabalhos publicados: A morfologia dos desvios de género gramatical em PLNM (2021, Brasil); A aquisição tardia do género gramatical por aprendentes de língua materna espanhola e chinesa (2020, Macau); Ensinar PLE na China continental: desafios e oportunidades (2020, Macau).

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Publicado

15.08.2022

Edição

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Artigos