O estatuto categorial das preposições acidentais/atípicas: a proposição dos “relatores circunstanciais” como classe gramatical

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DOI :

https://doi.org/10.18364/rc.v1i59.363

Mots-clés :

Preposições acidentais/atípicas, Fluidez categorial, Relatores circunstanciais.

Résumé

O objeto de investigação, neste artigo, são as preposições acidentais/atípicas. Analisamos seus usos e, com isso, explicitamos a fluidez dessa classe gramatical, uma espécie de gradualidade, na medida em que podem ser inseridas em diferentes categorizações gramaticais a depender do contexto comunicativo. Como referencial teórico-metodológico, adotamos os pressupostos dos Modelos Baseados no Uso, que coadunam com o princípio de que o estabelecimento de convenções gramaticais é influenciado tanto por estrutura linguística, contexto social e pragmático quanto por aspectos cognitivos. O Iboruna é o Banco de Dados utilizado como amostra para a pesquisa, que reúne dados orais da comunidade de fala do interior paulista. Os resultados apontam seis padrões de usos, em que temos: de um lado, a função relatora caracterizada pela presença de Sintagma Nominal na estrutura subsequente; e de outro, a evidência do aspecto semântico-pragmático comum que todos provocam na estruturam a que se ligam, a função circunstancial. Diferentemente de análises de cunho gramatical, descritivistas e de estudos linguísticos, a partir das evidências aqui apresentadas, denominamos as preposições acidentais/atípicas de “relatores circunstanciais”, “relatores” porque relacionam termos/orações, desempenhando sua função de nexo gramatical, e “adverbiais/circunstanciais” porque, como transpositores, originam construções dessa natureza.

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Marcos Luiz Wiedemer, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutor em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual Paulista (Rio Preto), com bolsa-sanduíche na Erfurt Universität (Erfurt-Alemanha) sob orientação do Prof. Dr. Christian Lehmann. É professor adjunto da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi coordenador geral do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (Stricto Sensu) e chefe do Departamento de Letras (2015-2016) da mesma instituição. É membro do Grupo de Estudos Discurso & Gramática (UFF). Procientista (UERJ/Faperj).

Myllena Paiva Pinto de Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação de Estudos de Linguagem da Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre pelo mesmo programa, com especialização em língua portuguesa pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/UERJ). É formada em Letras (Português-Literaturas) pela UFF, onde foi bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq na área de Linguística.

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Publié-e

2020-08-27

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