The social motivation of variable haplology in Porto Alegre Portuguese

Authors

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.2022n62.444

Keywords:

Linguistic variation, Syntactic haplology, Social class, Mobility, Brazilian Portuguese

Abstract

The paper discusses the social motivation of the variable syntactic haplology (dentro de casa:: den'de casa ‘indoors’, voltando de carro::voltan’de carro ‘coming back by car’) in the Porto Alegre variety of Brazilian Portuguese. An exploratory quantitative analysis of speech data according to Labov (1972, 1994, 2001, 2010) shows that the process, which targets syllables with /t/ or /d/ in onset position at the end and the beginning of words in sequence in phrasal domains, (a) exhibits a total proportion of rule application of 27.2% in the speech of young people; (b) correlates with social variables Mobility and Income and the linguistic variable Structure of the second syllable. The results suggest that the effects of mobility on the variable haplology in Porto Alegre Portuguese are due to the young, cosmopolitan, urban persona that the process, as a resource of identification and distinction (according to ECKERT 2000, 2018), helps to construct.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Elisa Battisti, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)/CNPq

Professora Associada do Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária do Instituto de Letras da UFRGS e do Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma instituição. Coordena a equipe de pesquisadores do LínguaPOA, acervo de entrevistas sociolinguísticas do Instituto de Letras da UFRGS. Tem experiência nas áreas de Fonologia e Sociolinguística, com pesquisas sobre fonologia do português brasileiro, variação e mudança fonético-fonológica, variação linguística e práticas sociais. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq.

Livia Oushiro, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Professora do Departamento de Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UNICAMP. Coordena o Laboratório Variação, Identidade, Estilo e Mudança (VARIEM) na mesma instituição. Sua pesquisa recente trata das relações entre variação linguística e identidades sociais no estado de São Paulo, incluindo análises sobre coesão dialetal, percepção sociolinguística e contato entre dialetos. Interessa-se também pelo desenvolvimento e pela divulgação de novos métodos em Sociolinguística.

References

ALKMIM, Mônica G.R.; GOMES, Christina A. G. Dois fenômenos de supressão de segmentos em limite de palavra. Cadernos de linguística e teoria da literatura, Belo Horizonte, n.7, p.43-70, 1982.

BISOL, Leda; MENON, Odete; TASCA, Maria. VARSUL, um banco de dados. In: VOTRE, Sebastião; RONCARATI, Claudia (Orgs.). Anthony Julius Naro e a linguística no Brasil: uma homenagem acadêmica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.

_____; MONARETTO, Valéria N. de O. Prefácio: VARSUL e suas origens, uma

história sumariada. ReVEL, Edição especial, n. 13, p. 6-11, 2016.

BLOMMAERT, Jan. From mobility to complexity in sociolinguistic theory and method. In: COUPLAND, Nikolas (Ed.). Sociolinguistics: theoretical debates. Cambridge: Cambridge University Press, 2016. p.242-259.

BOURDIEU, Pierre. Efeitos de lugar. In: BOURDIEU, Pierre. (Coord.). A miséria do mundo. 9.ed. Petrópolis: Vozes, 2012 [1993]. p.159-166.

_____. A distinção: crítica social do julgamento. 2.ed. Porto Alegre: Zouk, 2015 [1979/1982].

CABETTE, Amanda; STROHAECKER, Tânia M. A dinâmica demográfica e a produção do espaço urbano em Porto Alegre, Brasil. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 17, n. 34, p. 481-501, 2015.

CAMARA JR., Joaquim M. Dicionário de linguística e gramática. 11.ed. Petrópolis: Vozes, 1984.

CORREA, Thais R. A. A variação na realização de /t/ e /d/ na comunidade de práticas da UFS: mobilidade e integração. 2019. 97 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, 2019.

CUNHA, Victória G. da. Estudo-piloto da percepção e avaliação da elevação sem motivação aparente por porto-alegrenses. Apresentado no XXX SIC UFRGS, 2018, Porto Alegre.

ECKERT, Penelope. Linguistic variation as social practice. Malden/Oxford: Blackwell, 2000.

_____. Meaning and linguistic variation: the third wave in sociolinguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.

FEDOZZI, Luciano J.; SOARES, Paulo R. R. (Orgs.). Porto Alegre: transformações na ordem urbana. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Metrópoles, 2015.

GAL, Susan. Sociolinguistic differentiation. In: COUPLAND, Nikolas (Ed.). Sociolinguistics: theoretical debates. Cambridge: Cambridge University Press, 2016. p.113-135.

GOLDSMITH, John A. Autosegmental & Metrical Phonology. Oxford/Cambridge: Blackwell, 1990.

GUY, Gregory R.; ZILLES, Ana (Orgs.). Sociolinguística quantitativa: instrumental de análise. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

HAINECK, Débora. Análise do fenômeno fonológico da haplologia no português falado em Lages/SC. 2016. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Letras) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

HELLER, Monica et al. Sustaining the nation: the making and moving of language and nation. Oxford: Oxford University Press, 2016.

LABOV, William. Sociolinguistic patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.

_____. The intersection of sex and social class in the course of linguistic change. Language Variation and Change, 2, p. 205-254, 1990.

_____. Principles of linguistic change, Volume 1: internal factors. Cambridge/Oxford: Blackwell, 1994.

_____. Principles of linguistic change, Volume 2: social factors. Malden/Oxford: Blackwell, 2001.

_____. Principles of linguistic change, Volume 3: cognitive and cultural factors. Malden/Oxford/West Sussex: Wiley-Blackwell, 2010.

LEAL, Eneida de G. Teoria fonológica e variação: a queda de sílaba em Capivari e em Campinas. 2012. 242 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

McCARTHY, John; PRINCE, Alan. Prosodic morphology I - constraint interaction and satisfaction. Manuscrito. Amherst/New Brunswick: Universidade de Massachusetts e Universidade de Rutgers, 1993.

_____. Faithfulness and reduplicative identity. In: BECKMAN, J.N et al. (Eds.). Papers in Optimality Theory – UMass Occasional Papers 18. Amherst, Massachusetts: GLSA, 1995. p.249-384.

MENDES, Regina M. G. A haplologia no português de Belo Horizonte. 2009. 149 f. Dissertação (Mestrado em Linguística e Língua Portuguesa) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2009.

MOHANAN, Karuvannur P. Fields of attraction in phonology. In: GOLDSMITH, John A. (Ed.) The last phonological rule. Chicago: The University of Chicago Press, 1993. p.61-116.

MONTEIRO, Charles. Porto Alegre: urbanização e modernidade. A construção social do espaço urbano. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1995.

OLIVEIRA, Alan J. de. “Comendo o final das palavras”: análise variacionista da haplologia, elisão e apócope em Itaúna/MG. 2012. 296 f. Tese (Doutorado em Linguística Teórica e Descritiva) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.

OLIVEIRA, Samuel G. de. O estereótipo do falar porto-alegrense: percepções e atitudes sobre o falar com ingliding e alongamento vocálico. An@is Fórum FAPA: XIV Fórum FAPA. Edição 7. Porto Alegre, p. 358-374, 2015.

_____. Ingliding de vogais tônicas como prática estilística no falar porto-alegrense: significados sociais da variação linguística. 2018. 230 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

PAZ, Flávia H. da S. Haplologia no falar paraense. 2013. 116 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

PRINCE, Alan; SMOLENSKY, Paul. Optimality theory: constraint interaction in generative grammar. Manuscrito. NewBrunswick/Boulder: Universidade de Rutgers e Universidade do Colorado, 1993.

R Core Team. R: a language and environment for statistical computing. Viena: R Foundation for Statistical Computing, 2019. Disponível em https://www.R-project.org. Acesso em: 15/11/2019.

RIBEIRO, Cristiane C. de S. Deslocamento geográfico e padrões de uso linguístico: a variação entre as preposições em ~ ni na comunidade de práticas da Universidade Federal de Sergipe. 2019. 79 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, 2019.

ROCKENBACH, Lívia. O apagamento variável da vibrante em posição de coda no português falado em Porto Alegre: piloto de um teste de percepção e avaliação linguística. Apresentado no XXX SIC UFRGS, 2018, Porto Alegre.

ROSA, Renan S. A comunidade de fala de Porto Alegre no estudo da variação linguística: identificando subcomunidades. 2014. 77fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

SILVEIRA, Álvaro F. de S. da. Fonética sintática. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1971.

SIMIONI, Taíse; AMARAL, Fabiana U. A haplologia e o princípio do contorno obrigatório. Revista do GELNE, v.13, n.1/2, p.53-67, 2011.

SUSIN, Bruna S. Falan’de Porto Alegre: a haplologia sintática variável no português da capital gaúcha. Apresentado no XXX Salão de Iniciação científica da UFRGS, 2018, Porto Alegre.

TENANI, Luciani. E. Domínios prosódicos no português do Brasil: implicações para a prosódia e para a aplicação de processos fonológicos. 2002. 317 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2002.

TRASK, Robert L. Historical linguistics. London: Arnold, 1996.

YIP, Moira. The Obligatory Contour Principle and phonological rules: a loss of identity. Linguistic Inquiry, n.19, p. 65-100, 1988.

AUTOR, Autor. Artigo. Revista, v. X, n. X, p.X-X, ano.

_____. Artigo. Revista, v. X, n. X, p.X-X, ano.

_____. Artigo. Revista, v. X, n. X, p.X-X, ano.

_____; COAUTOR, Coautor. Capítulo. In: AUTORES (Orgs.). Livro. Cidade: Editora, ano. p.X-X.

_____ et al. Título. Apresentado no Seminário, ano, cidade.

AUTOR2, Autor2. Tese. ano. X fls. Tese (Doutorado em X) – Universidade, Local, ano.

Published

2022-02-13

Issue

Section

Articles