A perífrase verbal trabalhar + de + infinitivo na língua portuguesa: de finais do século XIII a meados do século XVII

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.2022n62.483

Palavras-chave:

perífrase, conjugação perifrástica, verbo semiauxiliar, verbo trabalhar

Resumo

Pretendemos com este estudo identificar as ocorrências da perífrase trabalhar + de + infinitivo em obras que vão do português antigo (finais do século XIII) até ao português clássico (meados do século XVII), constatando a sua permanência no tempo e analisando o seu comportamento sintático e o seu valor semântico. Desenvolveremos os seguintes itens no nosso estudo: a presença da perífrase verbal no corpus selecionado; os tempos e modos do verbo semiauxiliar; os verbos principais presentes no segundo termo da perífrase; os pronomes pessoais clíticos dependentes quer do verbo semiauxiliar, quer dos verbos principais; alguns casos particulares, como o reforço do verbo semiauxiliar com outro verbo ou expressão verbal, o uso da perífrase sem a preposição de e o testemunho da sua presença no castelhano do século XV.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Barbosa Machado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Professor auxiliar com Agregação do Departamento de Letras, Artes e Comunicação da Universidade de Trásos- Montes e Alto Douro (UTAD). Nasceu em Braga, Portugal, em 1965. É doutorado em Linguística Portuguesa pela UTAD (2002) e mestre em Ensino da Língua e da Literatura Portuguesas pela Universidade do Minho (1996). Licenciou-se em Humanidades pela Faculdade de Filosofia de Braga em 1992. Tem mais de 40 livros publicados e dezenas de artigos em revistas nacionais e internacionais. Na UTAD, para além da lecionação, é investigador do Centro de Estudos em Letras, tendo colaborado em diversos projetos de investigação. Publicou em 2015 o Dicionário dos Primeiros Livros Impressos em Língua Portuguesa, em 4 volumes.

Referências

BARROSO, Henrique. “Das perífrases verbais como instrumento expressivo privilegiado das categorias de natureza temporo-aspectual e simplesmente aspectual no sistema verbal do português de hoje”. Em Eberhard Gärtner, Christine Hundt, Axel Schönberger (eds.), Estudos de Gramática Portuguesa (III). Frankfurt am Main: TFM, 91-103, 2000.

Euangelios e Epistolas con sus Exposiciones en Romãce. Salamanca. Incunábulo 31:278 existente na Biblioteca da Universidade de Upsala, Suécia, 1493.

GRANADA, Frei Luis de. Memorial de la Vida Cristiana, em Obras del V.P.M. fray Luis de Granada. Madrid: Imprenta de la Publicidad, 1818.

Las Quatro Partes Enteras de la Cronica de España. Valladolid: Sebastian de Cañas, 1604.

NASCIMENTO, Aires Augusto. "A tradução portuguesa da Vita Christi de Ludolfo da Saxonia: obra de príncipes em «serviço de Nosso Senhor e proveito comum»". Em Didaskalia, nºXXIX, 563-587, 1999.

NASCIMENTO, Aires Augusto. "A Vita Christi de Ludolfo de Saxónia, em português: percursos da tradução e seu presumível responsável". Em Euphrosyne, nº29, 125-142, 2001.

SQUARTINI, M. “Motion periphrases in the other romance languages”. Em Verbal Periphrases in Romance: Aspect, Actionality, and Grammaticalization. Berlin, New York: Mouton de Gruyter, 249-289, 1998.

VÁZQUEZ CUESTA, Pilar e Maria Albertina Mendes da Luz. Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Edições 70, 1989.

VERCIAL, Clemente Sánchez de. Sacramental. Incunábulo impresso em Sevilha por Anton Martinez, Bartolomé Segura e Alfonso del Puerto. Cópia existente na Real Biblioteca del Monasterio de San Lorenzo de El Escorial, Madrid (Inc. 71-VII-27), 1477.

Downloads

Publicado

13.02.2022

Edição

Seção

Artigos