Interpretação de transitividade em gramáticas do português e do espanhol

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.v1i60.443

Palavras-chave:

Transitividade, gramática normativa, gramática teórica, gramática descritiva.

Resumo

A transitividade, sendo uma das características semânticas principais do verbo português e espanhol, tem sido objeto de interesse dos gramáticos a partir das primeiras descrições dessas línguas. A interpretação do fenômeno da transitividade depende da posição teórica do autor (tradição clássica, estruturalista, gerativista ou funcionalista) e dos objetivos da gramática que pode ser teórica, descritiva, normativo-prescritiva ou didática. A transitividade é analisada nas gramáticas em duas óticas diferentes: abordagem léxico-sintática e abordagem sintático-estrutural. A primeira é tida como uma caraterística semântica particular do verbo transitivo que pode expressar uma ideia completa ou permite evitar a ambiguidade só quando é acompanhado de complemento. A segunda abordagem analisa a transitividade como uma caraterística da estrutura sintática cujo núcleo é formado por um verbo transitivo ou intransitivo. Mostra-se a dependência entre o tipo de abordagem da transitividade (léxico-semântica x sintático-estrutural) e o caráter da gramática (a teórica x a normativo-prescritiva).

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Biografia do Autor

Dmitry Gurevich, Universidade Estatal do Moscou Lomonossov

É doutor em Estudos Românicos pela Universidade Estatal de Moscou Lomonossov. É professor associado do Departamento de Línguas Ibero-românicas da mesma universidade e atua na graduação e pós- -graduação em estudo das línguas portuguesa e espanhola. Desenvolve pesquisa na área da gramática funcional, sociolinguística, teoria variacionista.

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Publicado

18.11.2020

Edição

Seção

Artigos