Língua portuguesa em sua variedade padrão: estudo de caso num folhetim eletrônico

Autores

  • Hugo Lenes Menezes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.2021n61.403

Palavras-chave:

Língua portuguesa, variedades linguísticas, variedade padrão, folhetim eletrônico.

Resumo

A linguagem verbal não é um bloco homogêneo. Ao lado dos seus registros, os quais simplificadamente correspondem à formalidade e à informalidade, apresenta-se sob a forma de variedades históricas ou temporais; geográficas ou espaciais; etárias ou de idade e sociais ou culturais. Nessas últimas, inserimos a chamada norma culta, que, por uma convenção, é reconhecida como a variedade padrão, da qual fazemos uso como emissores ou receptores. Assim sendo e considerando o nosso idioma vernáculo, temos aqui por objetivo empreender uma abordagem da variedade padrão, ilustrando-a mediante uma amostra de ocorrências comunicativas, que, colhidas num folhetim eletrônico brasileiro, possuem as suas raízes no português ibérico, ou europeu. Para tanto, juntamente aos filólogos Erich Auerbach e Aires da Mata Machado Filho, estudiosos da gramática tradicional, como Wagner da Rocha Sena e Jânia Martins Ramos, os linguistas Ferdinand de Saussure, Joaquim Mattoso Câmara Júnior e Leonor Scliar-Cabral embasaram o presente artigo.

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Biografia do Autor

Hugo Lenes Menezes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)

Doutor em Teoria e História Literária pela UNICAMP, com pós-doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela USP e Aperfeiçoamento pelo Centre d’Approches Vivantes des Langues et des Médias (CAVILAM) de Vichy – França. Professor Titular do Departamento de Ciências Humanas e Letras do IFPI.

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Publicado

05.09.2021

Edição

Seção

Artigos