O que se há de entender por gramática: a voz de Bechara e seu tributo a outras vozes

Autores

  • Maria Helena de Moura Neves Universidade Estadual Paulista Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.v1i55.290

Resumo

Este artigo propõe discutir as obras de Evanildo Bechara como marcadas por duas direções centrais: (i) uma tendência constante de resgatar profundamente (e louvando) os “mestres” que balizam suas posições; (ii) sobre essa base de profundo saber gramatical, uma atenção constante para o que ele determina como a “exemplaridade” em linguagem. A análise se faz em artigos que Bechara publicou na coleção Na ponta de língua (Lucerna, 1998-2005). Conclui-se que, com tal arsenal teórico-metodológico de Filologia e Linguística, esse gramático “tradicional” se define como um ‘cultor’ da língua, sem enquadrar-se porém entre os “guardiães” de um padrão linguístico a ser prescritivamente imposto.

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Referências

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa (edição revista e ampliada). Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.

Relação dos artigos de autoria de Evanildo Bechara na coleção Na ponta da língua (Editora Lucerna/Liceu Literário Português)

(Fonte: site da Academia Brasileira de Letras)

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20.12.2018

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Artigos