A formação do subesquema argumental causativo no português brasileiro

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DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.v1i54.213

Resumo

Este trabalho tem como objetivo descrever, sob a ótica da Linguística Funcional Centrada no Uso, a emergência de um subesquema de valor causativo no português brasileiro, que pode acarretar mudança de transitividade e aumento de valência em verbos tipicamente monoargumentais, como desaparecer e sumir, ou expandir as possibilidades de uso de verbos já transitivos, como ocorre com acabar. Com base na visão de construção defendida por Goldberg (1995), defende-se a existência de uma correspondência de forma-sentido de natureza mais esquemática e abstrata. Nesse sentido, os verbos supracitados sofrem uma coerção tanto na forma quanto no sentido, a partir do momento em que são recrutados por uma nova construção.

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Biografia do Autor

Monclar Guimarães Lopes, Universidade Federal Fluminense

Doutor em estudos linguísticos e mestre em língua portuguesa pela Universidade Federal Fluminense. Especialista em língua portuguesa e literatura brasileira e graduado em letras pela Ferlagos. É vice-líder do grupo Discurso & Gramática (D&G) e pesquisador do grupo Conectivos e Conexões de Orações (CCO), ambos sediados pela UFF. Professor adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor 40h da Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC). Tem experiência na área de Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: Linguística Funcional Centrada no Uso, Referenciação e Ensino de Língua Portuguesa.

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Publicado

10.07.2018

Edição

Seção

Artigos