A língua do/no Brasil: efeitos da memória e da história

Autores

  • Caroline Schneiders Universidade Federal da Fronteira Sul / Campus Cerro Largo-RS

DOI:

https://doi.org/10.18364/rc.v1i52.167

Resumo

RESUMO: No presente estudo, procuramos desenvolver uma reflexão que tem por objetivo compreender a memória constitutiva do discurso sobre a língua do/no Brasil no início do século XX, a partir das obras: A defesa da língua nacional (1920), de Laudelino Freire, e A língua do Brasil (1947), de Gladstone Chaves de Melo. Por meio dessas materialidades discursivas, interessa-nos observar a maneira como a história e a memória afetam e determinam o modo como a língua do/no Brasil é significada em diferentes conjunturas sócio-histórica e ideológica. O referencial teórico em que nos ancoramos vincula-se à perspectiva da História das Ideias Linguísticas, articulada aos pressupostos teóricos-metodológicos da Análise de Discurso de linha pecheuxtiana. PALAVRAS-CHAVE: Língua. Memória. História.

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Biografia do Autor

Caroline Schneiders, Universidade Federal da Fronteira Sul / Campus Cerro Largo-RS

Doutora e mestre em Letras, Área de concentração: Estudos Linguísticos, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora Adjunta de Língua Portuguesa e Linguística do Curso de Graduação em Letras Português e Espanhol - Licenciatura, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS - Campus Cerro Largo/RS). Desenvolve estudos na perspectiva da História das Ideias Linguísticas e da Análise de Discurso de linha pecheuxtiana. E-mail: caroline.schneiders@uffs.edu.br

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Publicado

07.06.2017

Edição

Seção

Artigos